sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Expo Proteção e Expo Emergência 2011

09/08/2011 - 09:26

Expo Proteção e Expo Emergência 2011

O evento reunirá mais de 40 mil profissionais dos dois setores, de 10 a 12 de agosto (quarta a sexta-feira), para discutir situação do país.
A situação do Brasil na área de prevenção de acidentes, resgate e emergência será o foco das discussões que estarão concentradas na Expo Proteção e Expo Emergência 2011, de 10 a 12 de agosto (quarta a sexta-feira). O evento, que deverá reunir mais de 40.000 profissionais das áreas de Saúde e Segurança do Trabalho – SST e emergência, acontecerá no Expo Center Norte – Pavilhão Verde (rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme), em São Paulo/SP.
A feira reunirá 250 empresas e instituições brasileiras e internacionais que apresentam soluções e equipamentos de proteção individual e coletiva para garantir a segurança no trabalho, além de soluções e equipamentos para trabalhos de resgate e emergência.
Um dos pontos fortes do evento é a realização de congressos, workshops, palestras técnicas e cursos que acontecem com atividades paralelas, oportunidades de qualificação e de troca de experiências para profissionais de todo o Brasil.
Na programação destaque para o Seminário Proteção Brasil, evento gratuito que vai apresentar exemplos de boas práticas na área de saúde e segurança do trabalho – SST do país. O seminário apresentará 16 cases que receberam o Prêmio Proteção Brasil, distinção que reconhece as melhores ações de prevenção na área. Na noite de quinta-feira, 11 de agosto, será entregue o Top of Mind Proteção, às empresas que se destacaram por seu trabalho de marketing na área de SST.
Também na programação da feira, estará o Jornada Internacional ABERGO/ULAERGO, de 11 a 12 de agosto, promovida pela Associação Brasileira de Ergonomia. Entre os palestrantes, o cientista japonês Yushi Fujita, que falará sobre o acidente nuclear de Fukishima e as lições que os japoneses estão aprendendo com a catástrofe. Outro especialista que tratará da questão dos riscos de acidentes nucleares é Alexandre Burov, presidente da Associação Ucraniana de Ergonomia, que tratará do acidente nuclear de Chernobyl.
O sul africano Gavin McKellar vai abordar os aspectos relativos da relação entre a Ergonomia e os acidentes aéreos. Ele é piloto da South African Airways e ex-presidente do Comitê de Investigação de Acidentes da IALPA (International Federation of Air Line Pilots Associations).
Já o professor Robert Hoffmann, do Instituto for Human Machine Cognitio (Florida-USA) tratará da relação entre a Ergonomia e a Previsão de Catástrofes Climáticas.
São Paulo responde por um terça de acidentes de trabalho no Brasil- No foco das atenções da feira estará a questão dos acidentes de trabalho e a prevenção. Os números mostram que o Brasil ainda tem números muito altos. A última estatística consolidada pelo Ministério do Trabalho mostra que em 2009 ocorreram 723.452 mil casos de acidente no trabalho, com 2.496 mortes. As estatísticas mostram ainda que mais de 13 mil trabalhadores ficaram incapacitados permanentemente para o trabalho. A indústria da construção civil e o transporte concentram o maior numero de acidentes de trabalho no Brasil. Os dados apresentam redução no número total de acidentes notificados no país. Em 2009, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) registrou 723.452 acidentes de trabalho, número 4,3% menor do que o que fora contabilizado em 2008, quando houve 755.980 acidentes.
Apesar de os números ainda serem altos, o país teve uma redução importante no número de mortes, que passou da média de 3.925 na década de 90 para 2.805 nos últimos dez anos – uma queda de 28,53% no número de acidentes fatais. Sob a perspectiva de óbitos para um grupo de 100 mil trabalhadores, o índice de mortalidade diminuiu pela metade neste mesmo período. Isso porque a média de mortes por 100 mil trabalhadores, que nos anos 90 era de 17, chegou a 9 na última década.
Quando se olha os números por estados, São Paulo, por concentrar a maior fatia da economia do país, está no topo do ranking. O Estado registrou 246.000 dos 723.452 acidentes de trabalho registrados em 2009.
As estatísticas mostram uma redução de 6,6% no número de acidentes na região Sudeste do Brasil (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Foram 387.819 acidentes em 2009, quando em 2008 o número havia sido de 415.074.
O Nordeste foi a região que contabilizou o maior índice de crescimento. Entre 2008 e 2009, sofreu um acréscimo de 4,9% em seus registros de acidentes de trabalho, passando de 85.953 agravos para 90.161. Entre os estados que compõem a região, Pernambuco e o Ceará obtiveram a maior média de elevação de agravos: 8,9% (passou de 16.841 para 18.348) e 16,2% (de 10.153 para 11.802), respectivamente.
Na Região Sul, o estado de Santa Catarina, que apresentou uma queda de 3,3% em seus registros de acidentes (passando de 51.297 para 49.598) em 2009, manteve-se como a unidade federativa que mais gera acidente na relação de acidentes por trabalhador. A incidência é de 2.698 agravos para cada 100 mil trabalhadores.
Já as partes do corpo que tiveram maior incidência nas notificações de acidentes de trabalho foram o punho e as mãos, que representaram, respectivamente, 10,6% (76.627), e 6,4% (46.608) do total. Entre as atividades econômicas do país que apresentaram o maior índice de registros estão a indústria da transformação, com 239.175 acidentes, o comércio e reparação de veículos automotores, com 98.096; saúde e serviços sociais, 57.606; construção civil, 54.142, e, por fim, transporte, armazenagem e correios, com 52.126 acidentes de trabalho.
Os custos dos acidentes de trabalho para o INSS são de R$ 15 bilhões ao ano, pagos em benefícios com afastamentos e para tratar doenças do trabalho.
É muito importante que se saliente que estes números contemplam a realidade apenas dos trabalhadores com carteira assinada. Sabe-se que mais de 30% da mão de obra ativa no Brasil trabalham sem carteira assinada. Também não estão incluídos nas estatísticas brasileiras trabalhadores estatutários e empregados domésticos.
O Brasil foi o primeiro país a ter leis obrigando as empresas com mais de 100 funcionários a terem programas de segurança e medicina do trabalho. A institucionalização da exigência se deu em 27 de julho de 1972, por iniciativa do então ministro do trabalho Júlio Barata, que publicou as portarias 3.236 e 3.237, que regulamentavam a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho, atualizando o artigo 164 da CLT.

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