segunda-feira, 31 de outubro de 2011
FREIXO DEIXA O PAÍS
Ameaçado de morte, deputado Marcelo Freixo deixará o país nesta terça-feira
Carlos Caroni
LEI GERAL DA COPA
País deve resistir à Fifa, diz Randolfe Rodrigues
Abnor GondimBrasília - A Lei Geral da Copa enviada pelo governo ao Congresso Nacional é uma "legislação de exceção" e submete uma nação soberana e em desenvolvimento aos caprichos de uma entidade internacional envolvida em uma série de irregularidades.
"O Brasil não deve se submeter a essa chantagem da Federação Internacional de Futebol Associado [Fifa]", defende o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), autor de requerimento aprovado na Comissão de Constituição e Justiça que convoca o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a prestar esclarecimentos sobre o tema.
O senador do PSOL compara que "essa legislação assemelha-se às piores legislações impostas ao Brasil na época da ditadura. Suspende 14 dispositivos do Estatuto do Torcedor e impõe ao ordenamento jurídico brasileiro - e isso nunca ocorreu aqui - uma cláusula penal. Proíbe o brasileiro, na prática, de comemorar a celebração da Copa do Mundo sob pena de ser preso."
Rodrigues espera altivez do novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que toma posse hoje, para não se curvar aos desmandos da Fifa.
O partido promete ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a Lei Geral da Copa se ela não for alterada.
DCI: Qual é a sua avaliação sobre a proposta da Lei Geral da Copa encaminhada pelo governo?
Randolfe Rodrigues: Para o Brasil, a Copa do Mundo já começou, e a primeira partida do Brasil é contra a Fifa. A lei é uma imposição descabida da Fifa à soberania brasileira. Nas últimas Copas do Mundo, a Fifa tentou impor esse mesmo tipo de legislação de exceção: na Alemanha e na África do Sul . Na Alemanha, não conseguiu impor; na África do Sul, conseguiu. O Brasil vai ter de conseguir, através do seu parlamento, se portar diante da Fifa como a Alemanha se portou. Essa legislação é uma afronta à nossa soberania.
DCI: Quais são os pontos que o senhor considera mais críticos da proposta do governo?
RR: A Lei Geral da Copa suspende 14 dispositivos do Estatuto do Torcedor, que é o que tem de mais avançado com relação ao tema.
DCI: Deve ser mantida proibição ao consumo de bebidas alcoólicas?
DCI: Mais grave que isso, é o conceito que o professor Carlos Wagner, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que diz que a Lei Geral traz o conceito de exclusão. Tudo em torno do evento esportivo fica sobre controle da Fifa. Aliás, controla o comércio também nesse entorno, não é isso, senador?
RR: Os torcedores que estiverem no entorno do evento esportivo também vão ser obrigados a utilizar somente as marcas dos patrocinadores da Fifa. A Lei Geral também detona a responsabilidade civil das entidades patrocinadoras de eventos esportivos. Excepcionalmente, com a Lei Geral, a Fifa não pode ser responsabilizada civilmente, por danos ocorram durante o evento. Essa é uma situação única, paradoxal que é a seguinte: toda responsabilidade sanitária, alfandegária e de saúde, é de responsabilidade da União. O mais grave que percebo é a imposição ao ordenamento jurídico brasileiro de uma cláusula penal, que é a seguinte: as marcas Mundial de 2014, Copa do Mundo e Brasil 2014 são exclusivas da Fifa. Se um brasileiro pintar o seu muro com Brasil 2014, em alusão à Seleção Brasileira, poderá ser processado pela Fifa. Pode, em decorrência desse processo, ser detido de dois a três meses e ainda pagar multa. Esse é o mais absurdo dos absurdos.
DCI: O deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da Lei Geral da Copa, pondera que as exigências da Fifa podem ser aceitas porque são temporárias. Como o senhor analisa isso?
DCI: Qual é a sua avaliação sobre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira?
RR: Acho que esse senhor não teria condições de ser representante de uma entidade de esportes aqui no Brasil. Está envolvido em graves denúncias de má versasão de contratos e dos recursos do futebol brasileiro. Mas a ideia de convocá-lo para ir ao Parlamento é como representante da Fifa aqui e ouvir qual é a explicação da Fifa.
DCI: Qual é a sua opinião sobre a questão da meia entrada para os estudantes e para os idosos?
RR: São conquistas do povo brasileiro. Fui militante do movimento estudantil no final dos anos 80 e início dos anos 90. Participei de uma geração que foi às ruas para lutar por esse direito de ter a meia entrada em eventos culturais e em eventos esportivos para a juventude. Eu fui designado para relator do Estatuto da Juventude. Minha intenção é manter essas conquistas e não nos submetermos a essa pressão. São direitos humanos conquistados por idosos e pela juventude brasileira.
DCI: O senhor já avaliou o Regime Diferenciado de Concorrência (RDC), feito para a Copa e as Olimpíadas?
DCI: Qual deve ser a postura do novo ministro do Esporte, deputado Aldo Rebelo?
RR: Falar firme e grosso e com altivez diante da Fifa. O ministro do Esporte é ministro do Esporte do Brasil, do Estado brasileiro. O deputado Aldo Rebelo sempre foi reconhecido por sua postura em defesa do Brasil.
DCI: Em relação ao ingresso de estrangeiros, a Fifa defende a flexibilização por se tratar de um evento internacional. Isso é razoável?
RR: Já que estamos falando em futebol, temos de definir as regras do jogo anteriormente. Se haverá uma flexibilização, que seja para todos os estrangeiros e não somente para os convidados da Fifa. Primeiro, acho que isso fere a regra do direito internacional, que é regido pelo princípio da reciprocidade.
DCI: Ação judicial se a proposta for aprovada?
RR: O texto como está é inconstitucional. Espero que a Câmara mude. Se isso não ocorrer, não titubearemos de recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Quem é
Randolfe Rodrigues é pernambucano de Garanhuns, reside no Amapá desde os oito anos de idade, onde se formou em história pela Universidade Federal e atuou como professor. Em 2010, foi o senador mais votado do Estado do Amapá com 203.259 votos, tornando-se o mais jovem integrante do Senado Federal da atual legislatura.
FONTE DCI
domingo, 30 de outubro de 2011
CLEPTOMANIA
Cleptomania: quando não há intenção de roubar
Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
Segundo ele, os cleptomaníacos sofrem porque têm noção de que o que estão fazendo é errado. "Precisam de um tratamento psicólogico. O problema é que a maioria não assume o desvio, porque tem medo de perder a sensação prazerosa que sente quando pega o objeto alheio."
Em 2005, a novela América (por meio da personagem Haydée, de Christiane Torloni) mostrou que roubar objetos banais para sentir prazer é uma patologia séria e não um simples desvio de caráter, como muitos poderiam supor. Na vida real, alguns famosos foram pegos em flagrante roubando objetos como as atrizes Lindsay Lohan e Winona Ryder, o estilista Ronaldo Esper, e o rabino Henry Sobel
Lindsay Lohan - A atriz foi acusada de roubar um colar de R$ 4.180 no início do ano. Ela disse que pegou emprestado e que seu estilista esqueceu de devolver. A juiza não entendeu assim. A sentença: 360 horas de serviço comunitário, incluindo, a limpeza de um necrotério. Na quarta (2), ela vai voltar ao tribunal e pode ser condenada a até um ano e meio de prisão.
Ronaldo Esper - Em 2007, o estilista brasileiro Ronaldo Esper foi flagrado roubando dois vasos de um cemitério em São Paulo. Ele disse que o túmulo onde estavam os vasos era de uma pessoa da família, mas ninguém confirmou o parentesco. Ronaldo foi a julgamento e absolvido com a alegação de que retirar vasos de um local abandonado não constitui crime.
Winona Ryder - A atriz roubou roupas em lojas de Los Angeles em 2002. Ela foi condenada a três anos em liberdade condicional, a pagar cerca de R$ 11 mil pelo material roubado, além de R$ 1.800 de multa. Winona disse que não se sentiu culpada "porque não causou dano a ninguém" e que na época estava tomando muitos remédios, o que pode tê-la deixado confusa.
Henry Sobel - De férias nos Estados Unidos em 2007, Henry Sobel, presidente da Congregação Israelita Paulista, foi filmado pelas câmeras de segurança de uma loja famosa roubando gravatas. Na época, desculpou-se publicamente pelo "transtorno causado" e por não saber "como explicar o inexplicável". Foi preso e pagou fiança de cerca de R$ 5.000.
sábado, 15 de outubro de 2011
DIA DO PROFESSOR - MAIS SEGURANÇA JÁ !
Homenagem da Consultoria GNA e do Portal Escola Protegida a todos os professores do Brasil neste 15 de Outubro de 2011. Parabéns e Sucesso...
Elogio do aprendizado
Aprenda o mais simples!
Para aqueles cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas
Aprenda! Não desanime!
Comece! É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!
Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Freqüente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se
envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixei convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte: O que é isso?
Você tem que assumir o comando.
Aprenda o mais simples!
Para aqueles cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas
Aprenda! Não desanime!
Comece! É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!
Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Freqüente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se
envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixei convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte: O que é isso?
Você tem que assumir o comando.
Bertolt Brechet, Elogio do Aprendizado, in Poemas 1913 – 1956, São Paulo, Brasiliense, 1986, p. 121.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Chefia das UPPs
Com novo comandante na PM, chefia das UPPs é trocada no Rio
30 de setembro de 2011 • 21h04 • atualizado às 21h14
30 de setembro de 2011 • 21h04 • atualizado às 21h14
- MARIA INEZ MAGALHÃES
O coronel Rogério Seabra é o novo comandante responsável pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), principal programa de segurança da gestão do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). O oficial assume o Comando de Policiamento Comunitário (CPP) no lugar do coronel Róbson Rodrigues, que deve ir para o Estado Maior Administrativo. O nome do novo corregedor da PM, para ocupar o lugar do coronel Ronaldo Menezes só deve ser escolhido na próxima segunda-feira.
A reunião no Quartel General da PM com a nova cúpula da instituição terminou no início da noite desta sexta-feira. Os nomes de alguns dos outros novos comandantes ainda vão ser ser divulgados pela nova chefia da Polícia Militar.
Hoje, o coronel Erir Ribeiro da Costa Filho assumiu oficialmente o comando geral da corporação, no lugar do coronel Mário Sérgio Duarte, que pediu demissão na noite de quarta-feira. Após uma posse sem cerimônia, Costa Filho começou a despachar no QG usando terno e gravata, ainda sem o uniforme oficial. Mais cedo, o novo chefe da PM se reuniu com o comandante do Estado Maior, coronel Alberto Pinheiro Neto, e a chefe de gabinete, coronel Katia Boaventura, para definir as diretrizes da administração da corporação.
Duarte pediu demissão alegando ser o responsável pela nomeação do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira para o comando do 7º BPM (São Gonçalo), que foi preso acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto. Outros policiais do batalhão estão presos suspeitos de envolvimento no crime.
Costa Filho foi nomeado na quinta-feira com a missão de combater a corrupção na PM. Em entrevista, ele avisou que não haverá tolerância com desvios de conduta. "Os que me conhecem sabem que os dignos terão meu apoio. Para os outros, a lei. (...) E os líderes terão que dar o exemplo. Aqueles que não derem responderão por isso", disse o comandante, que também prometeu reforçar a corregedoria para que se torne uma instituição mais "pró-ativa".
Na ocasião, Beltrame anunciou que os PMs serão investigados quanto a sinais aparentes de riqueza, como medida para combater a corrupção. Será verificado se a renda do policial é compatível com o padrão de vida que ele ostenta.
Recentemente, policiais que trabalhavam na UPP do Fallet e Fogueteiro, na zona norte, foram flagrados com R$ 13 mil em dinheiro proveniente de propinas pagas pelos traficantes. Nas investigações feitas no 7º Batalhão, como parte do inquérito sobre a morte da juíza Patrícia Acioli, também foram descobertas ações ilegais das equipes policiais, na apreensão de mercadorias e no pagamento de dinheiro por traficantes.
Novo Comando na PM do Rio de Janeiro
Segurança
Secretário de Segurança do Rio anuncia novo comandante da PM
Coronel Erir da Costa Filho assume o posto mais alto da corporação em meio à crise causada pela participação de quadrilha de policiais na morte da juíza Patrícia Acioli
Cecilia Ritto, do Rio de Janeiro
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, apresenta o novo comandante-geral da PM fluminense, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho (Cecília Ritto)
O coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, de 54 anos, é o novo comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito no fim da tarde desta quinta-feira em uma coletiva de imprensa na Secretaria de Segurança do estado. A cúpula da segurança passou a manhã reunida para escolher o substituto do coronel Mário Sérgio Duarte, que pediu exoneração do cargo na noite de quarta-feira.
Costa Filho tem 31 anos de polícia e chefiou diversos batalhões. Em seu currículo, consta a chefia do 14º BPM (Bangu), do 4º BPM (São Cristovão) e do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). O coronel também foi comandante interino do Batalhão de Choque, Diretor Geral de Apoio Logístico do Quartel General e Comandante do Segundo Comando de Policiamento de Área. O seu último posto antes de assumir a chefia da PM era o de comandante do Centro de Comando e Controle da secretaria estadual de Segurança Pública. O momento de maior visibilidade do coronel foi quando acusou o deputado estadual Chiquinho da Mangueira, do PMDB, de pedir para que as operações policiais parassem na favela.
Costa Filho reforçou ser figura conhecida da tropa, que, segundo ele, sabe qual será a sua atuação à frente da corporação. O coronel pouco falou e pouco disse. Ele foi pego de supetão e teve , no máximo, 48 horas para se preparar para assumir o mais alto posto da PM. Com respostas curtas, não necessariamente atendendo à pergunta, Costa Filho deu o seu recado e cometeu algumas gafes. “Os dignos (policiais) terão apoio. Para os outros, a lei”, disse o comandante, que acrescentou: “A formação na academia não vai fazer ninguém digno. Isso vem de berço”. Em seguida, o secretario estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pegou o microfone para explicar as mudanças de grade curricular da academia de Polícia.
O novo comandante se disse à vontade para assumir a chefia da PM em um momento de crise institucional. “É bom assumir quando está em crise. O crescimento vem da crise”, argumentou. Em terceira pessoa, como gosta de se expressar quando fala de si mesmo, Costa Filho disse ser figura conhecida da tropa e, sem especificar como será a sua atuação, disse que os policiais militares sabem como ele vai agir. “Os PMs, sobretudo os praças e os oficiais (ou seja, praticamente todos), conhecem o Costa Filho”, afirmou.
Como nova medida, o coronel prometeu uma corregedoria mais pró-ativa. O corregedor será trocado e, agora, Costa Filho procura um policial com o perfil de uma pessoa que está “à frente dos problemas”. E, desde já, avisa: “Não conseguirá pegar todos (os casos de policiais com postura incompatível da esperada). Mas o perfil é de alguém que consiga antecipar os fatos”, disse.
Costa Filho escolheu como o chefe do Estado Maior Operacional o coronel Alberto Pinheiro Neto, de 47 anos, e com 26 de Polícia Militar. Neto foi comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) de 2007 até 2009. Atualmente, estava na chefia da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e, desde fevereiro deste ano, acumula também o comando de Operações Especiais da corporação. Para a chefia de gabinete do Comando-Geral, foi escolhida Coronel Kátia Neri Nunes Boaventura. Ela Kátia tem 47 anos e 28 anos de PM. Até ontem, Kátia era comandante da Academia D. João VI.
Beltrame disse estar sem dormir desde domingo por causa da crise na PM. “Se eu quisesse, poderia esconder a cabeça embaixo da mesa, mas não é do meu perfil. Estou de passagem, e não de passeio. Acreditamos piamente no que estamos fazendo (a política de segurança). Vida que segue”, afirmou. O secretário reiterou que a pretensão da política de segurança é muito maior do que cargos e disse que a punição de policiais faz parte. “Era melhor que isso não tivesse acontecendo. Mas não pode haver recuo nesse trabalho. É dessa forma que se ganha a legitimidade com a população. Legitimidade se conquista cortando a própria carne”, afirmou Beltrame
Costa Filho tem 31 anos de polícia e chefiou diversos batalhões. Em seu currículo, consta a chefia do 14º BPM (Bangu), do 4º BPM (São Cristovão) e do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). O coronel também foi comandante interino do Batalhão de Choque, Diretor Geral de Apoio Logístico do Quartel General e Comandante do Segundo Comando de Policiamento de Área. O seu último posto antes de assumir a chefia da PM era o de comandante do Centro de Comando e Controle da secretaria estadual de Segurança Pública. O momento de maior visibilidade do coronel foi quando acusou o deputado estadual Chiquinho da Mangueira, do PMDB, de pedir para que as operações policiais parassem na favela.
Costa Filho reforçou ser figura conhecida da tropa, que, segundo ele, sabe qual será a sua atuação à frente da corporação. O coronel pouco falou e pouco disse. Ele foi pego de supetão e teve , no máximo, 48 horas para se preparar para assumir o mais alto posto da PM. Com respostas curtas, não necessariamente atendendo à pergunta, Costa Filho deu o seu recado e cometeu algumas gafes. “Os dignos (policiais) terão apoio. Para os outros, a lei”, disse o comandante, que acrescentou: “A formação na academia não vai fazer ninguém digno. Isso vem de berço”. Em seguida, o secretario estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pegou o microfone para explicar as mudanças de grade curricular da academia de Polícia.
O novo comandante se disse à vontade para assumir a chefia da PM em um momento de crise institucional. “É bom assumir quando está em crise. O crescimento vem da crise”, argumentou. Em terceira pessoa, como gosta de se expressar quando fala de si mesmo, Costa Filho disse ser figura conhecida da tropa e, sem especificar como será a sua atuação, disse que os policiais militares sabem como ele vai agir. “Os PMs, sobretudo os praças e os oficiais (ou seja, praticamente todos), conhecem o Costa Filho”, afirmou.
Como nova medida, o coronel prometeu uma corregedoria mais pró-ativa. O corregedor será trocado e, agora, Costa Filho procura um policial com o perfil de uma pessoa que está “à frente dos problemas”. E, desde já, avisa: “Não conseguirá pegar todos (os casos de policiais com postura incompatível da esperada). Mas o perfil é de alguém que consiga antecipar os fatos”, disse.
Costa Filho escolheu como o chefe do Estado Maior Operacional o coronel Alberto Pinheiro Neto, de 47 anos, e com 26 de Polícia Militar. Neto foi comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) de 2007 até 2009. Atualmente, estava na chefia da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e, desde fevereiro deste ano, acumula também o comando de Operações Especiais da corporação. Para a chefia de gabinete do Comando-Geral, foi escolhida Coronel Kátia Neri Nunes Boaventura. Ela Kátia tem 47 anos e 28 anos de PM. Até ontem, Kátia era comandante da Academia D. João VI.
Beltrame disse estar sem dormir desde domingo por causa da crise na PM. “Se eu quisesse, poderia esconder a cabeça embaixo da mesa, mas não é do meu perfil. Estou de passagem, e não de passeio. Acreditamos piamente no que estamos fazendo (a política de segurança). Vida que segue”, afirmou. O secretário reiterou que a pretensão da política de segurança é muito maior do que cargos e disse que a punição de policiais faz parte. “Era melhor que isso não tivesse acontecendo. Mas não pode haver recuo nesse trabalho. É dessa forma que se ganha a legitimidade com a população. Legitimidade se conquista cortando a própria carne”, afirmou Beltrame
Mário Sérgio pediu exoneração, em caráter irrevogável, por email. A decisão foi motivada pelo indiciamento do comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar (São Gonçalo), tenente coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira no homicídio da juíza Patrícia Acioli. A demissão de Duarte é mais um golpe em um dos grandes cartões de visita do governador Sérgio Cabral. O comandante é uma das peças-chaves e figura emblemática da política de segurança de Cabral, que gaantiu sua reeleição e foi manchada recentemente por denúncias de corrupção em várias esferas.
Internado para uma cirurgia na próstata, chamou para si a responsabilidade sobre a nomeação de Oliveira para o comando do batalhão.
Leia a nota oficial do coronel Mário Sérgio Duarte:
"Exmo Sr Secretário de Estado de Segurança José Mariano Benincá Beltrame
Dirijo-me a V. Exa para solicitar exoneração do cargo de Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O motivo de fazê-lo se fundamenta na necessidade de não deixar nenhum espaço para dúvidas quanto a minha responsabilidade no processo de escolha dos Comandantes, Chefes e Diretores da Corporação, preservando, de quaisquer acusações injustas, as pessoas que me confiaram a nobre missão que assumi comprometido com a honra, e agora deixo, norteando tal decisão neste mesmo imperativo de valor. Sobre o caso particular que me impõe esta decisão, o indiciamento do Tenente Coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira no homicídio da juíza Patrícia Acyoli, e sua consequente prisão temporária, devo esclarecer à população do Estado do Rio de Janeiro que a escolha do seu nome, como o de cada um que comanda Unidades da PM, não pode ser atribuída a nenhuma pessoa a não ser a mim.
"Exmo Sr Secretário de Estado de Segurança José Mariano Benincá Beltrame
Dirijo-me a V. Exa para solicitar exoneração do cargo de Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O motivo de fazê-lo se fundamenta na necessidade de não deixar nenhum espaço para dúvidas quanto a minha responsabilidade no processo de escolha dos Comandantes, Chefes e Diretores da Corporação, preservando, de quaisquer acusações injustas, as pessoas que me confiaram a nobre missão que assumi comprometido com a honra, e agora deixo, norteando tal decisão neste mesmo imperativo de valor. Sobre o caso particular que me impõe esta decisão, o indiciamento do Tenente Coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira no homicídio da juíza Patrícia Acyoli, e sua consequente prisão temporária, devo esclarecer à população do Estado do Rio de Janeiro que a escolha do seu nome, como o de cada um que comanda Unidades da PM, não pode ser atribuída a nenhuma pessoa a não ser a mim.
O Rio de Janeiro, senhor secretário, está em franco processo de recuperação de sua imagem como lugar de tranquilidade pública e paz social não por acaso, mas, seguramente pela aplicação de um conjunto de ações norteadas pela clareza das idéias.
O estado, sua população, cada pessoa que por aqui transita em busca de paz e bem, devem continuar confiando nesta Política Pública que privilegia a vida, desconstrói o ódio e reacende esperanças.
Ao tempo que vos agradeço pela confiança depositada e o apoio nos momentos mais difíceis, solicito-vos que encaminhe este pedido ao Exmo Sr Governador, a quem também explicito meus eternos agradecimentos pela oportunidade e a honra que me concedeu ao nomear-me comandante de minha amada Instituição. Deixo de fazê-lo pessoalmente por me encontrar hospitalizado, convalescendo de uma cirurgia."
Ao tempo que vos agradeço pela confiança depositada e o apoio nos momentos mais difíceis, solicito-vos que encaminhe este pedido ao Exmo Sr Governador, a quem também explicito meus eternos agradecimentos pela oportunidade e a honra que me concedeu ao nomear-me comandante de minha amada Instituição. Deixo de fazê-lo pessoalmente por me encontrar hospitalizado, convalescendo de uma cirurgia."
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