sábado, 1 de outubro de 2011

Chefia das UPPs

Com novo comandante na PM, chefia das UPPs é trocada no Rio

30 de setembro de 2011 21h04 atualizado às 21h14

MARIA INEZ MAGALHÃES
O coronel Rogério Seabra é o novo comandante responsável pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), principal programa de segurança da gestão do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). O oficial assume o Comando de Policiamento Comunitário (CPP) no lugar do coronel Róbson Rodrigues, que deve ir para o Estado Maior Administrativo. O nome do novo corregedor da PM, para ocupar o lugar do coronel Ronaldo Menezes só deve ser escolhido na próxima segunda-feira.
A reunião no Quartel General da PM com a nova cúpula da instituição terminou no início da noite desta sexta-feira. Os nomes de alguns dos outros novos comandantes ainda vão ser ser divulgados pela nova chefia da Polícia Militar.
Hoje, o coronel Erir Ribeiro da Costa Filho assumiu oficialmente o comando geral da corporação, no lugar do coronel Mário Sérgio Duarte, que pediu demissão na noite de quarta-feira. Após uma posse sem cerimônia, Costa Filho começou a despachar no QG usando terno e gravata, ainda sem o uniforme oficial. Mais cedo, o novo chefe da PM se reuniu com o comandante do Estado Maior, coronel Alberto Pinheiro Neto, e a chefe de gabinete, coronel Katia Boaventura, para definir as diretrizes da administração da corporação.
Duarte pediu demissão alegando ser o responsável pela nomeação do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira para o comando do 7º BPM (São Gonçalo), que foi preso acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto. Outros policiais do batalhão estão presos suspeitos de envolvimento no crime.
Costa Filho foi nomeado na quinta-feira com a missão de combater a corrupção na PM. Em entrevista, ele avisou que não haverá tolerância com desvios de conduta. "Os que me conhecem sabem que os dignos terão meu apoio. Para os outros, a lei. (...) E os líderes terão que dar o exemplo. Aqueles que não derem responderão por isso", disse o comandante, que também prometeu reforçar a corregedoria para que se torne uma instituição mais "pró-ativa".
Na ocasião, Beltrame anunciou que os PMs serão investigados quanto a sinais aparentes de riqueza, como medida para combater a corrupção. Será verificado se a renda do policial é compatível com o padrão de vida que ele ostenta.
Recentemente, policiais que trabalhavam na UPP do Fallet e Fogueteiro, na zona norte, foram flagrados com R$ 13 mil em dinheiro proveniente de propinas pagas pelos traficantes. Nas investigações feitas no 7º Batalhão, como parte do inquérito sobre a morte da juíza Patrícia Acioli, também foram descobertas ações ilegais das equipes policiais, na apreensão de mercadorias e no pagamento de dinheiro por traficantes.

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